segunda-feira, 17 de junho de 2013

FUTEBOL E ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL

Mesmo que não é fã de futebol deve estar ciente que estão sendo disputadas as semifinais da Copa de Campeões da Europa, o maior torneio de clubes do mundo e o mais competitivo. Para aqueles que não acompanham as partidas estão sendo disputadas na seguinte ordem:
 
Real Madrid X Borussia Dortmund
Barcelona X Bayern de Munique
 
Independente de quem venha a ganhar os jogos e o campeonato, o que quero chamar a atenção é sobre uma grande "coincidência" que está ocorrendo nestas partidas. Os times envolvidos são da Espanha e da Alemanha, que, "coincidentemente", são as duas seleções melhor rankeadas nos critérios da FIFA ocupando a primeira e a segunda colocações.
 
Esta "coincidência" a que estou me referindo reflete o pensamento dos clubes europeus que, de longe estão se tornando superiores e desbancando os tradicionais "Rei do Futebol" como sempre fomos considerados. E este pensamento passa, na minha análise, por uma profunda mudança na estrutura profissional de seus clubes.
 
Em primeiro lugar, o cliente (torcida) tem que estar satisfeito, não apenas em torcer para um time campeão, mas de poder assistir partidas de nível técnico acima da média. Com isso o torcedor lota os estádios com públicos que ultrapassam a casa dos 80.000 expectadores pagando ingressos que não são baratos (segundo eu soube o menor preço é de 70 Euros, ainda porque o pessoal resolver abaixar os preços por causa da crise na Europa), pois o público paga alto para poder ver estrelas e um espetáculo de alto nível.
 
Segundo, para que isto possa ser conseguido, há de se investir e talentos, quer seja criando-os, investindo nas categorias de base, ou comprando-os a peso de ouro. Haja vista o quanto se especula sobre a ida do Neymar para a Europa.
 
Em terceiro lugar, não adianta de nada conseguir talentos individuais se estes craques não podem ser combinados e transformados em uma equipe. Por isso, os clubes europeus de ponta tem convênios com universidades para a preparação e reclicagem de seus técnicos que, além de conhecerem futebol, devem ser bons também em gestão de pessoas.
 
Para finalizar, os diretores desses clubes devem, e eu digo devem porque não conheço, ser um tipo diferenciado de profissional, pois eles são menos estrelas de que seus jogadores e não vivem na mídia dando declarações e "causando" de alguma espécie.
 
A soma destes fatores leva ao sucesso. Quer seja como equipe, quer seja como país. No futebol.
 
Será que se pegarmos estes passos que descrevi acima e transplantarmos para as empresas e os governos a coisa funcionaria?
 
Se as empresas (e os governos) tivessem o foco de satisfazer as expectativas de seus clientes e investissem, ou desenvolvessem, talentos que pudessem fazer a diferença, desenvolvessem um modelo de gestão que desse prioridade a formação de equipes competitivas e tivessem diretores (ou presidentes) que agissem como verdadeiros maestros destas orquestras de sucesso, o que aconteceria com a economia do país:
 
E com o governo???
 
Mas, alguns dirão, as empresas já procuram fazer isto.
 
Procuram..... mas conseguem?????
 

É só procurar no PROCON e no RECLAME AQUI para ver o RANKING como anda.

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