Mesmo que não é fã de futebol
deve estar ciente que estão sendo disputadas as semifinais da Copa de Campeões
da Europa, o maior torneio de clubes do mundo e o mais competitivo. Para aqueles
que não acompanham as partidas estão sendo disputadas na seguinte
ordem:
Real Madrid X Borussia
Dortmund
Barcelona X Bayern de
Munique
Independente de quem venha a
ganhar os jogos e o campeonato, o que quero chamar a atenção é sobre uma grande
"coincidência" que está ocorrendo nestas partidas. Os times envolvidos são da
Espanha e da Alemanha, que, "coincidentemente", são as duas seleções melhor
rankeadas nos critérios da FIFA ocupando a primeira e a segunda colocações.
Esta "coincidência" a que estou
me referindo reflete o pensamento dos clubes europeus que, de longe estão se
tornando superiores e desbancando os tradicionais "Rei do Futebol" como sempre
fomos considerados. E este pensamento passa, na minha análise, por uma profunda
mudança na estrutura profissional de seus clubes.
Em primeiro lugar, o cliente
(torcida) tem que estar satisfeito, não apenas em torcer para um time campeão,
mas de poder assistir partidas de nível técnico acima da média. Com isso o
torcedor lota os estádios com públicos que ultrapassam a casa dos 80.000
expectadores pagando ingressos que não são baratos (segundo eu soube o menor
preço é de 70 Euros, ainda porque o pessoal resolver abaixar os preços por causa
da crise na Europa), pois o público paga alto para poder ver estrelas e um
espetáculo de alto nível.
Segundo, para que isto possa ser
conseguido, há de se investir e talentos, quer seja criando-os, investindo nas
categorias de base, ou comprando-os a peso de ouro. Haja vista o quanto se
especula sobre a ida do Neymar para a Europa.
Em terceiro lugar, não adianta
de nada conseguir talentos individuais se estes craques não podem ser combinados
e transformados em uma equipe. Por isso, os clubes europeus de ponta tem
convênios com universidades para a preparação e reclicagem de seus técnicos que,
além de conhecerem futebol, devem ser bons também em gestão de
pessoas.
Para finalizar, os diretores
desses clubes devem, e eu digo devem porque não conheço, ser um tipo
diferenciado de profissional, pois eles são menos estrelas de que seus jogadores
e não vivem na mídia dando declarações e "causando" de alguma
espécie.
A soma destes fatores leva ao
sucesso. Quer seja como equipe, quer seja como país. No futebol.
Será que se pegarmos estes
passos que descrevi acima e transplantarmos para as empresas e os governos a
coisa funcionaria?
Se as empresas (e os governos)
tivessem o foco de satisfazer as expectativas de seus clientes e investissem, ou
desenvolvessem, talentos que pudessem fazer a diferença, desenvolvessem um
modelo de gestão que desse prioridade a formação de equipes competitivas e
tivessem diretores (ou presidentes) que agissem como verdadeiros maestros destas
orquestras de sucesso, o que aconteceria com a economia do país:
E com o governo???
Mas, alguns dirão, as empresas
já procuram fazer isto.
Procuram..... mas
conseguem?????
É só procurar no PROCON e no
RECLAME AQUI para ver o RANKING como anda.
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